Publicado por Lucinda Maria Brito em 18/02/2021, às 17:03 horas in: https://www.facebook.com/lucindamaria.brito/posts/3483656268424005


VILA FRANCA DA BEIRA – TOPÓNIMO
Vila Franca da Beira é uma freguesia portuguesa do concelho de Oliveira do Hospital. Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013, sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira.
Tem origem muito anterior à nacionalidade portuguesa. No século XII foi doada pela esposa do rei D. Sancho I a Albergaria de Poiares.
Em 1978 a sua toponímia foi alterada de Vila Franca do Ervedal para Vila Franca da Beira, a pedido dos habitantes e dos órgãos autárquicos.
Tem um rancho folclórico, Rancho Rosas de Vila Franca da Beira, fundado a 5 de Maio de 1986 por Miquelina Dinis.
Celebra-se a dia 15 de Agosto o Dia da Santa Margarida (orago da paróquia) com a procissão pela aldeia e a actuação do Rancho Rosas de Vila Franca da Beira. Muitos dizem que a Santa Margarida apareceu no alto do outeiro de Santa Margarida.
A origem do topónimo é difícil de explicar e não se sabe, ao certo, qual é. Vila correspondia a um território agrário, uma granja, uma exploração agrícola romana.
E porquê Franca? Há várias hipóteses, nenhuma confirmada. Relacionada com os Francos, povos germânicos que andaram pela Península? Não se sabe.
Sabe-se que Vila Franca fez parte de uma doação que, em 1193, a rainha D. Dulce fez ao Convento de S. Romão de Seia, que pertencia ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Tem muitos vestígios de ocupação humana muito antiga.
Outra possibilidade: ter alguma relação com os lugares e vilas francas, ou seja, livres de encargos para com a Coroa. Seria? Talvez, uma vez que foi doada primeiro ao Mosteiro Crúzio e, mais tarde, à Albergaria de Poiares.
Curiosidade: não muito longe de Vila Franca, entre Póvoa de Midões e o Rio Mondego, existe o Vale de França.
Sucede também que, pelo menos no séc. XVI, Vila Franca (hoje da Beira), aparece em documentos denominada Curral de Cães e também Urrãiz. Estes nomes iam aparecendo devido a velhas rivalidades ou vontades de não subordinação. Mais tarde, em 1721, já encontramos referenciada Vila Franca. Foi chamada do Ervedal até 1978. Sempre o desejo de ser franca (livre)!
A partir de 1920 tiveram início uma série de obras, na altura muito importantes, tendo sido construídas ou requalificadas várias fontes em vários pontos da Povoação, inclusivamente através de longas condutas subterrâneas de água pública.
As fontes e lavadouros são os seguintes:
A – Fonte da Capela: como próprio nome indica, encontra-se localiz
B – Fonte do Cimo: trata-se de uma fonte abaixo do nível do solo, que foi construída em Agosto de 1933 de acordo com uma inscrição encontrada no local. Esta fonte pode ser acedida por uma escada na lateral direita. A água que passa por esta fonte é posteriormente encaminhada ada ao lado da capela de Vila Franca. Trata-se de uma fonte que é accionada por uma roda para bombear a água de um poço no subsolo, embora esteja actualmente desactivada. por uma conduta.
C – Fonte da Carreira: é também uma fonte abaixo do nível do solo, mas que aproveita o desnível do terreno para um acesso mais facilitado. Possui 2 bicas, sendo uma delas aberta para escoar a água quando é mais abundante e uma outra com uma torneira de pressão para evitar desperdiçar a água.
D – Fonte do Rossio: tal como a Fonte da Capela, é uma fonte accionada por uma roda que está actualmente desactivada. Esta fonte encontra-se no largo do Rossio. De todas as fontes, é a que tem um aspecto de ser menos utilizada por se encontrar por perto o Chafariz do Rossio, bem mais prático do que esta fonte.
E – Lavadouro da Carreira: alimentado pelas águas da Fonte da Carreira, por uma conduta subterrânea, mas que é claramente visível neste lavadouro. Aproveita o desnível do terreno para encaminhar a água por gravidade.
F – Lavadouro do Rossio: encontra-se nas imediações do Largo do Rossio, nas traseiras do Jardim. Recentemente reabilitado, comunica directamente com um edifício em ruínas.
Terra tipicamente portuguesa, perto da aldeia abandonada do Vieiro (com muito interesse e que poderia ser transformada em aldeia turística) e de Vale do Ferro, que tem uma Galeria de Arte. Várias casas de turismo rural (Casa Ci, por exemplo)
O nosso concelho é lindo e Vila Franca da Beira um rincão a visitar!
Lucinda Maria
(consulta do livro do Dr. Francisco Correia das Neves, Google; imagens de Google)
Nota: Numa das fotos vêem-se umas Alminhas danificadas e abandonadas; não sei se, agora, já terão sido arranjadas e colocadas num lugar mais condigno!