Publicado por Lucinda Maria Brito em 20/10/2020, às 19:21 horas in: https://www.facebook.com/lucindamaria.brito/posts/3174936999295935


AVÔ – TOPÓNIMOEsta imagem tem um texto alternativo em branco, o nome da imagem é avo_brasao-1.jpg
Avô é uma bonita vila situada na zona Centro do País, banhada pelo Rio e pela ribeira de Pomares que aqui tem a sua foz, no Pego de Avô, um pitoresco lago com uma ilhota no meio, a que se chama Ilha do Picoto.
Avô foi habitada por Romanos que aqui procuravam minérios de chumbo e ouro, tendo estes sido, provavelmente, os fundadores do Castelo, hoje em ruínas. Avô foi também povoada pelos Mouros, e reconquistada pelo Esta imagem tem um texto alternativo em branco, o nome da imagem é avo_rio.jpgprimeiro rei Português, D. Afonso Henriques, que mandou reedificar o Castelo.
A vila de Avô tem origens bem antigas, tendo anteriormente o topónimo de “Couto de Avao“.
Diz-se que o topónimo “Avô” provém de “ad vadum”, que significa junto ao vau, para ou na direcção do vau. O que é o vau? É o sítio mais baixo por onde se atravessa o rio a pé ou montado em animais. Neste caso, o lugar seria na ribeira de Pomares (antigamente chamada rio Moura). A poucos metros a montante da actual ponte seria esse sítio, embora pareça que, antes, terá havido outra ponte, no princípio do séc. XIX, sendo de madeira.
No entanto, esta origem não é consensual entre os etimologistas. O Professor Doutor António Garcia Ribeiro de Vasconcelos aceita e acha verosímil esta hipótese (ad vadum), mas não terá feito um estudo aprofundado do tema.
Entretanto, Avô foi aparecendo escrito “Avolo”, pelos anos de 1122, 1128 e 1132, mais tarde, já em 1187, “Auoo”, depois “Avoo” e Davoo”, em 1514 e, finalmente “Avô”.
Há quem considere que se refere mesmo a avô (o pai dos pais) por ser uma terra muito antiga. Outros ainda contam uma lenda, de que Egas Moniz (aio de D. Afonso Henriques) é o protagonista, enquanto avô de Pedro Afonso Viegas, que veio a casar com D. Urraca, filha bastarda do nosso primeiro rei. Sendo lenda, tem o valor que tem, mas nada se pode provar.
Seja como for, Avô é uma terra antiga e valorosa, berço de grandes pessoasEsta imagem tem um texto alternativo em branco, o nome da imagem é avo_castelo.jpg e com belas paisagens e locais a visitar. Teve castelo e isso, só por si, atesta a sua importância.
Brás Garcia de Mascarenhas e o Dr. Vasco de Campos, poetas desta bela vila, ambos viveram em casas sobranceiras ao rio Alva. São autores do concelho, assim como o Dr. António Rodrigues Gonçalves, que tem escrito livros de grande relevância para a história concelhia.
Mas há mais, muito mais!… A saber:
Casa de Brás Garcia de Mascarenhas
Monumento a Brás Garcia de Mascarenhas
Castelo de Avô, incluindo as ruínas da Ermida de São Miguel (séc. XVI, XVII)
Pelourinho de Avô (manuelino, de tipo pinha)
Capelas de Nossa Senhora dos Anjos (séc. XVIII), de Santa Quitéria (séc. XVII) e de S. Pedro (séc. XVI)
Capela de Santa Maria do Mosteiro
Cruzeiro
Casas quinhentistas e seiscentistas
Miradouro das Varandas de Avô
Pontes (sobre o rio Alva e sobre a ribeira de Pomares)
Ilha do Picoto e praia fluvial
Igreja Matriz de Avô (do séc. XVIII, orago: Nossa Senhora da Assunção)
A Igreja Matriz de Avô é um templo do século XVIII, embora possa ter sido Esta imagem tem um texto alternativo em branco, o nome da imagem é avo_igreja.jpgconstruído sobre outro do século XVI que já se encontrava bastante arruinado. Existe uma placa de granito com a indicação de 1789, o que poderá corresponder à conclusão da construção. Devido à sua situação “fora de portas”, ou seja, fora das muralhas do castelo supõe-se que terá havido outra ainda no tempo do domínio árabe.Esta imagem tem um texto alternativo em branco, o nome da imagem é avo_coreto.jpg
Coreto com belos azulejos (Filarmónica Avoense, que já completou 150 anos)
Cruzeiro
Fonte

Lucinda Maria
(Consulta do livro “Enquadramento Histórico e Toponímia do Dr. Francisco Correia das Neves e pedi alguns conselhos ao meu amigo Dr. António Rodrigues Gonçalves, avoense de grande conhecimento e cultura, a quem agradeço)